domingo, 13 de abril de 2014

MOMENTOS GOIABADA CASCÃO


Quando eu era menino, tanti anni fa, tinha uns tios que moravam em Campos.  Quando eles vinham ao Rio, nos traziam um presente sempre muito desejado: uma lata da famosa goiabada cascão produzida lá. Nas ausências mais prolongadas, mandavam a goiabada pelos Correios. Na época, era praticamente impossível achar aquela iguaria no comércio do Rio.

Aí, era sempre uma festa, lá em casa. Quase um ritual, na pequena família, inicialmente eu e meus pais e, mais tarde, tambem meu irmão Ricardo: abrir a lata, cortar pequenos pedaços e nos deliciarmos com aquele sabor, consistência e textura inigualáveis são detalhes que nunca mais esqueci.

Às vezes, cabia-me a "honra" de usar a faca, tentando que todas as fatias fossem rigosamente do mesmo tamanho. Sintia-me importantíssimo com aquele privilégio.

Mais do que degustações, em que eventualmente um queijo Minas ou um Catupiry também marcavam presença, era um momento afetivo muito especial.  É claro que o ritual incluia conversas sobre tia Laurita, irmã de meu pai, seu marido Clementino e os primos Marco e Anita, de Campos, que nos proporcionavam aquele prazer; além de relatos de "causos", quase sempre divertidos, sobre os parentes em geral. 

Era comum servirmos a goiabada tão apreciada a alguma visita de parente ou amigo. Pra mim, foi um um "duro" aprendizado, o de saber compartilhar as boas coisas com os outros. Nas primeiras vezes, confesso que ficava com o olho comprido, tentando calcular se sobraria algum pedaço para outra rodada, no dia seguinte.    

Simples prazeres, hábitos saudáveis de convívio familiar e amizade: boas reminicências. Momentos "Goiabada Cascão" que as nossas vidas agitadas e tecnológicas às vezes tornam difíceis de reproduzir com toda a sua intensidade "analógica", sincrônica e presencial.

 


   

segunda-feira, 7 de abril de 2014

VIVER MAIS SIMPLES - UM ENCONTRO

Eu e Letícia Carneiro da Silva nos conhecemos há um ano, quando ela buscava um especialista em tempo para um projeto. O encontro se transformou em amizade. Desde então, cultivamos o hábito de conversar sobre o bem viver e coisas de real valor para nós.

Letícia é uma usina de ideias. Foi executiva de planejamento estratégico por quinze anos. E hoje, é empreendedora e adepta de um Viver Mais Simples, crença que compartilha duas vezes por semana num blog com o mesmo nome e num livro que já está entrando em produção. Tudo que ela mais deseja é ajudar pessoas e negócios a frutificarem, sendo felizes. Seja no no bem sucedido programa “Odisseia”, por pessoas e negócios mais realizadores ou nas suas atividades como Coach. Na base de tudo, sua família, inserida nesse universo de harmonia: Lucrécio, Léo e Olivia.


Eu, vocês já conhecem. Continuo nutrido pelo espírito curioso de criança buscando aprender e me desenvolver, para somar a tudo que fui reunindo ao longo dos anos. Estive na Marinha, fui pioneiro na área de tecnologia da informação, executivo de marketing no Brasil e na Europa, publicitário premiado, expert em sustentabilidade. Hoje, sou consultor, professor e escritor, compartilhando minhas paixões pelo tempo, sustentabilidade e bom uso dos hábitos. Mas não abro mão do grande barato que é ser avô, cozinhar e trocar ideias...

Letícia e eu somos criadores e planejadores. Por escolha e profissão. Não demorou muito, bateu a vontade de um projeto coletivo. Onde pudéssemos expandir o alcance de nossos sonhos de um mundo mais simples e sustentável. Daí surgiu o Café Viver Mais Simples.

A ideia é promover encontros sobre viver melhor, com mais respiro e sentido, apoiados por ferramentas úteis e de fácil utilização.

Três temas fazem parte do programa:

- Como simplificar sua vida
- Reinvente o uso do seu tempo
- Como despertar sua coragem

Ficou com água na boca?

Inscreva-se aqui: http://even.tc/tempo

domingo, 9 de fevereiro de 2014

TODO DIA ELA (ELE) FAZ SEMPRE SEMPRE IGUAL


Assim Chico Buarque começa seu genial - mas melancólico- “Cotidiano”. Muito provavelmente você não concordaria se alguém descrevesse seu dia a dia, como o da personagem da música, independente de você ser “ela” ou ser “ele”. Ninguém gosta de ser repetitivo, redundante, até meio chato.

O nome deste “fazer sempre igual” é “hábito” e nós somos uma formidável máquina de gerá-los. Uma pesquisa da Duke University descobriu que mais de 40% das ações que as pessoas realizam todos os dias não são decisões de fato, mas sim hábitos. E eles surgem, dizem os cientistas, porque o cérebro está o tempo todo procurando maneiras de poupar esforço. Se deixado por conta própria, o cérebro tentará transformar quase qualquer rotina num hábito, pois os hábitos permitem que nossas mentes desacelerem com mais frequência.

Os hábitos têm um importante papel. Criam estrutura e referências para nossas vidas. Precisamos destas repetições para nos sentirmos mais seguros. Faz parte da chamada zona de conforto, pois cada um deles nos traz alguma recompensa: física, mental ou emocional .

O problema surge quando estes nossos queridos hábitos se avolumam e esta zona de conforto nos imobiliza e começa a atrapalhar as nossas vidas. Aliás, numa civilização que nos convida à mudança diariamente, sem qualquer cerimonia, ficarmos reféns de nossos hábitos pode ter um preço nada agradável.

Quando se fala do tempo, então, este tema se torna muito crítico, já que todos nós estamos sempre frustrados com o tempo que temos, sempre querendo mais algum. Mas nem nos lembramos de hábitos do tipo “empurrar com a barriga até virar uma crise que leva muito mais tempo para ser resolvida”. Ou de deixarmos que as interrupções impeçam que tenhamos blocos de tempo contínuos para a realização de tarefas mais complexas (e que quando retomamos a tarefa sempre temos de dar um “rewind”, perdendo etapas que já tinham sido cumpridas).

No seu ótimo livro “O poder do hábito” Charles Duhigg vai fundo no assunto e nos demonstra que, por se formarem numa área muito específica do cérebro, os hábitos não podem ser simplesmente eliminados. Se desejamos, de fato, uma mudança, precisamos conhecer muito bem o hábito a ser “atacado” e deliberadamente desenvolvermos um outro hábito – que nos traga recompensa equivalente, e que possa se superpor ao anterior.

Dá um trabalhinho mas garanto que ninguém vai cantar essa música do Chico pra você.


domingo, 26 de janeiro de 2014

NOVO WORKSHOP RESET - COMO REINVENTAR O USO DO SEU TEMPO


40% das ações que realizamos todos os dias são apenas hábitos. Saiba como sair desta zona de conforto e tomar as melhores decisões sobre seu tempo.

PRODUTIVIDADE - QUALIDADE DE VIDA- REALIZAÇÃO PESSOAL 

O workshop será vivenciado em dois sábados consecutivos, com encontros de 4 horas cada, num total de 8 horas.

Sua abordagem central é o estabelecimento de uma nova relação com o uso do tempo através da construção de relações mais integradoras da pessoa consigo mesma, com os outros e com a natureza.

É composto por exposições e relatos sobre o assunto, testes e exercícios, oportunidade para reflexão e muitas dicas e sugestões levando em conta quatro pilares:
• as escolhas que fazemos continuamente sobre o nosso tempo;
• a importância de identificar e mudar nossos hábitos indesejáveis;
• a necessidade de foco e atenção nas atividades em que estamos envolvidos a cada momento;
• a gestão da nossa energia, sempre sujeita a interferências, distrações e desgastes.

CONTEÚDO DO PROGRAMA:

1 - TEMPO E O ATUAL CONTEXTO DE VIDA
A saturação do tempo.
A sensação de que “não temos tempo para nada” e o estresse do tempo.
A saturação do planeta – os impactos do nosso estilo de vida.
Os 10 tipos de tempo e uma estratégia de mudança: o Reset.

2 – Reset VOCÊ CONSIGO MESMO
Visão pessoal do futuro: queremos ter mais tempo para fazer exatamente o quê?
“Da Visão para a Ação” – Os quadrantes do tempo e a arte de estabelecer prioridades.
O Banco do Tempo e suas conta-correntes.
Você como o maior sabotador do seu próprio tempo.

3 – Reset VOCÊ e OS OUTROS
A interdependência, os tempos compartilhados e a eficácia do tempo.
A importância da cumplicidade da família e dos círculos pessoais e profissionais mais próximos.
Saber ouvir – gestão de conflitos e diversidade.
Os desperdiçadores de tempo na sua relação com os outros.
Tecnologias – como usá-las a serviço do seu tempo.

4 – Reset VOCÊ E O AMBIENTE QUE O CERCA
Ritmos e ciclos da natureza – como tomar partido desses aliados.
Tempo e consumo – um dilema que precisa ser encarado.
A leveza de ser sustentável – oportunidades para inovação.

5 – Reset AGORA, QUANDO TUDO ACONTECE
As velocidades do Agora e os dois modos de funcionamento do cérebro.
O foco no momento presente: o maior fator de produtividade.
Pausas, Respiração, Meditação.
Criatividade - A construção de uma nova lógica no uso do tempo.

Investimento:
Participação nos dois encontros: R$ 180,00.
(Pagamento no primeiro encontro).
Possibilidade de parcelamento em 2 vezes para mais de 1 participante da mesma família ou grupo de amigos.

Material
Os participantes receberão os exercícios a serem realizados durante o workshop e terão acesso virtual a Apostila reproduzindo esses exercícios, bem como textos complementares.

Datas e horário:
8 e 15 de fevereiro de 2014, sábados, das 14 às 18 horas.

Local:
Crystal Healing
Largo do Machado – Rio de Janeiro

Número de participantes: 20 vagas

Faça sua inscrição pelo e-mail: monteiro.irene@gmail.com

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Atrasados x Apressados: duas faces de uma mesma moeda

O apressado come cru, diz o velho ditado. “Sushi , Sashimi, então?, perguntaria um desses acelerados um pouco mais mais distraídos. “Ou um sanduiche natureba, talvez”?

Suponho que a galera do fast food deve estar o tempo todo buscando alternativas para estas novas demandas por rapidez, tentando driblar as inconvenientes questões levantadas pelo mundo “saudável”.

O fato é que a pressa nunca esteve tão presente, numa “civilização” em que tanta coisa caminha para o tempo real, para o sincronismo absoluto, para o tempo de resposta imediato (já!!) , para a ansiedade em estado bruto. E, aparentemente, este exército de apressados crônicos não está nem aí para se está cru ou não. As principais vítimas costumam, ser elas mesmas, assoladas por fatores de stress insuportáveis.

Então tá. Mas e os atrasados? Seriam todos adeptos do movimento Slow Food? Desconfio que não. Conheço pelo menos dois tipos de atrasados crônicos. Há os portadores da “Síndrome de Noiva em dia de casamento”, ou seja, gostam de se fazer notar, calculando cuidadosamente seus atrasos, para gerar material para suas “storytellings”, que tentam sempre fazer soar como charmosas. E há os que parecem ter alguma disfunção do relógio interno e ainda por cima não levam muito à sério o que nos dizem os onipresentes mostradores digitais ou analógicos. Em ambos os casos, parecem “doenças” incuráveis, com o agravante de afetar outras pessoas (que nos esperam, ou melhor esperam para sincronizar-se conosco em alguma atividade).

É claro que um atraso aqui e acolá é sempre desculpável, ainda mais no meio de tantas variáveis e tantas pressões. Da mesma forma, é perfeitamente possível não se deixar “arrastar” nem contaminar pela ansiedade dos apressados, sempre a nos “cutucar”. Há até momentos em que eles se encontram, como por exemplo, num transito congestionado, a buzinarem insistentemente, uns contra os outros.

Enfim, ambos são faces da mesma moeda que é o desequilíbrio no uso do tempo nesses tempos de saturação e desperdícios.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

“ROUBE AINDA HOJE! AMANHÃ PODE SER ILEGAL"


Millor Fernandes, com seu genial humor, ora corrosivo, ora de fina ironia, traduziu muito bem, neste título acima, o “Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje”, certamente inspirado pela nossa classe política e pelos incontáveis agentes públicos, Brasil afora, capital, Brasília.

Mas sera que o velho ditado ainda vale para todas as situações, neste mundo tão enlouquecido?

Eu diria que há controvérsias. Ou melhor, há circunstâncias em que ele cai como uma luva, quando a oportunidade tem “data de expiração” (como disse o Dalai Lama, sé existem dois dias do ano em que você não pode fazer nada pela sua vida: ontem e amanhã); ou quando vale muito a pena encontrar uma brecha agorinha, para não deixar aquela famosa  lista de pendências crescer indefinidamente, nos “ameaçando” e até nos imobilizando, com seu tamanho, a cada dia.

Mas vejamos o caso de um workaholic – e o mundo está repleto deles e delas - turbinados por tecnologias que nos perseguem sem descanso, no regime de comunicação 24/7. Se essas pessoas não têm bem claros seus objetivos e seu propósito, vão acabar vendo o dia clarear fazendo coisas que poderiam – e deveriam – perfeitamente serem deixadas para amanhã, ou para a semana que vem (ou mesmo não deveriam ser feitas).

E aqui, aproveito o “gancho para lembrar que neste nosso "mundinho" em que tudo é em excesso (informação, opções de compras, networking, um milhão de amigos, etc), a gente não tem mesmo como lidar com tudo que está no nosso radar. Temos que “desapegar”. E ponto.

Em outras palavras, NÃO DEIXE PARA AMANHÃ O QUE VOCÊ PODE DEIXAR PRÁ LÁ!

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Surpreenda-se!!! (e faça as melhores escolhas em 2014)


Este ano que acabou? Cheio de surpresas, não é mesmo? Como a maioria dos anos, aliás.

Surpresas públicas, como o que aconteceu em junho, nas ruas; e com o que não aconteceu depois de junho. Surpresas pessoais, como a triste perda de amigos de muitos anos; e como é gostoso fazer novas amizades e descobrir sintonia com pessoas muitos anos mais novas do que a gente.

Surpresas ora com a tecnologia avançando, avassaladora, desafiando nossa capacidade de se surpreender; ora com a beleza de obras de arte “analógicas” ou simples objetos simples, feitos à mão em toda parte. Surpresas com um mundo deteriorando sem que isso nos faça rever a maioria dos nossos hábitos (Ah! Como é difícil mudá-los, meu Deus!!!!)

Surpresas com pessoas que se transformam: ora médicos em monstros, ora demônios em anjos. Surpresas com nosso próprio preconceito: ora descobrindo um argentino (!!!) apaixonante a cada gesto e palavra (tendo a oportunidade de conhecê-lo mais de perto, nem que seja através do vidro do papa-móvel); ora tendo enorme dificuldade de enxergar o “outro”, igual a nós, pelo simples fato de vestir (e amar "irracionalmente") uma camisa de cor diferente.

Surpresas crônicas, com nossas dificuldades de agradecer, de perdoar, de amar incondicionalmente, de confiar.

Mas acima de tudo surpresas cheias de esperança com as nossas crianças, nossos filhos e netos, vendo como eles são capazes de nos renovar e trazer renovação, reinvenção e novos olhares, como que “possuídos” por seus DNAs aperfeiçoados pela evolução deste espécie chamada humana. Com todas as surpresas, boas ou não, é como humanos que escolheremos sermos felizes!! Ou não.

Só posso, então, desejar a você as melhores escolhas para encarar as surpresonas e as surpresinhas que 2014 estará trazendo.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Estamos jogando nosso tempo no lixo?


Domenico de Masi, em seu livro "O futuro do trabalho", comenta que, no final dos anos 90, entrevistou centenas de funcionários de empresas italianas. Apesar dos entrevistados começarem reclamando de cargas de trabalho estressantes e longas horas extras não remuneradas, acabavam reconhecendo, na grande maioria, que de cinco a seis horas bastariam para desempenhar todas as suas tarefas rotineiras. Ou seja, cerca de 1/3 de tempo era "jogado fora".

Segundo De Masi,  este tempo desperdiçado "é puro teatro": fingimento de estar no trabalho trabalhando.

Vejo agora uma pesquisa da empresa Franklin Covey, realizada com mais de 350.000 trabalhadores em todo o mundo, onde se constata que eles gastam apenas 60% do sua atenção e energia no que consideravam coisas importantes e 40% em coisas que julgam irrelevantes e sem importância. 40!! Quase metade de um dia de trabalho.

Apesar de serem pesquisas com abordagens, públicos e metodologias diferentes, é perturbador constatarmos que o desperdício de tempo no trabalho continua do mesmo jeito, uma década e meia depois. Ou talvez esteja ainda pior.

É também paradoxal que toda a tecnologia que tem sido criada exatamente para sermos mais produtivos parece não estar trazendo os benefícios desejados. Pois talvez a própria tecnologia, se por um lado nos torna mais rápidos em um monte de atividades, já traga também consigo muitas oportunidades de distração e perda de foco naquilo que fazemos. 

Por esta razão, é fundamental estarmos permanentemente conscientes do nosso propósito de vida e de nossos objetivos profissionais e pessoais. Só assim, manteremos o bom equilíbrio no uso do tempo, buscando estarmos sempre por inteiro no momento presente.

Fonte da ilustração: http://transmimentos.blogspot.com.br/2010/12/e-quando-chegar-hora.html  


sexta-feira, 1 de novembro de 2013

As cadeiras de balanço do Aeroporto de Charlotte


Cadeira de balanço em aeroporto? Pois é, nunca tinha visto. Ótima ideia!! Dei de cara com elas quando cheguei ao saguão central que une os 5 terminais do aeroporto, na Carolina do Norte, onde fazia um escala na volta ao Brasil. Nesta grande "praça" interna, sob árvores de verdade, ali estavam as cadeiras, branquinhas e acolhedoras.
Em frente a elas, as lojas, bares e restaurantes, com seu mobiliário habitual. Tive que ter um pouco de paciência até que consegui uma vaga para sentar e curtir. Foi uma delícia!!! Passei um par de horas totalmente relaxado, lendo meu livrinho e observando as pessoas. Uma coisa que me chamou a atenção é que raríssimos dos meus "vizinhos" de cadeiras estavam com seus notebooks ou tablets em punho. Parecia, de fato, que havia uma divisão entre as "tribos": a dos estressados, sentados às mesas ou à frente dos balcões dos bares, freneticamente digitando e "navegando" nos seus modernos dispositivos; e nós, ali, no vai e vem dos balanços, mais numa de descansar um pouco e desfrutar aquele momento, alguns dando um telefonema com sorriso nos lábios, outros simplesmente "dorminhocando".


É claro que, nas esperas junto aos portões de embarque, as poltronas eram as tradicionais. Mas, a caminho do meu terminal, ainda encontrei mais alguns exemplares desta inovação que nos demostra que a criatividade não precisa estar ligada a tecnologia.       

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Casa SOU.L Uma casa com alma e muitas coisas mais. Inclusive Tempo.


No coração da charmosa Santa Teresa, no Rio de Janeiro, acaba de ser inaugurada esta Casa que, não por acaso, junta Ser e Alma no mesmo endereço. Junta também conhecimento, valores, alegria, emoção e um propósito muito claro: inspirar pessoas a descobrirem seus talentos e paixões e a elas oferecer ferramentas para que possam fazer o que amam e terem impacto positivo no mundo. 
Os Cursos e palestras cobrem três áreas: Realização Pessoal, Autoconhecimento e Sustentabilidade. Em agosto, a Casa acolhe dois eventos criados dentro dos conceitos de Tempo Orgânico:

RESET - Como reinventar o uso do seu tempo. 

Haverá uma Palestra no dia 7/8 das 19:00 às 21:00 e um Workshop, nos dias 15, 19 e 21/8, das 19:00 às 21:30 
 
A Casa tem ainda o Arte Corpo Sou.l, um espaço de vivências para despertar a criatividade, atividades para o corpo, mente e alma, canto, dança e terapias para você entrar em contato com quem você é e se desenvolver de forma mais leve e saudável. 

Visite o site e explore novas possibilidades para você: http://casasoul.com.br/


sábado, 22 de junho de 2013

QUEM APERTOU O BOTÃO DE RESET?


Tempos atrás, encontrei esta imagem ilustrando uma matéria que tinha como título: “Deus apertou o botão de Reset?” Era a queixa de um perplexo executivo de marketing diante de uma combinação de fatores explosiva para ele: os efeitos da crise no mercado financeiro e a dificuldade de “atingir”, com suas  mensagens publicitárias, um publico cada vez mais “entretido com as redes sociais. O "Reset", ali, tinha portanto uma abrangência bem canhestra e se restringia a comentar, principalmente, que tinha dado a louca nos “mercados” o que, todos nós sabemos, nunca teve nada da mão divina.

Recentemente, a palavra Reset retornou muito forte para mim, trazida pela minha filha Renata, como uma “explicação” para as mudanças profundas que temos visto acontecer nos comportamentos das pessoas, como indivíduos, como consumidores, como membros da sociedade. E isto me trouxe também de volta - e complementou - uma outra imagem, que às vezes me vem em mente, meio de brincadeira, meio sério, de que estão todos virando mutantes e que se queremos entender as pessoas, precisamos descobrir o X-Man que se instalou em cada um, antes dele - ou dela - dar um Reset em si próprio.

Tenho inclusive começado a introduzir, nos meus Workshops e palestras sobre o uso do tempo, o conceito do Reset como uma “atitude” indispensável para quem deseja – e necessita- fazer mudanças para melhorar qualidade de vida sem abrir mão da produtividade e realização pessoal – ou vice versa. É uma boa síntese para os conceitos que foram apresentados no meu livro Tempo Orgânico,  em que a necessidade de se reinventar era a grande tônica.  Por isso mesmo, recentemente, decidi rebatizar os meus Workshops de “Reset – Como reinventar o uso do seu tempo”.

Nestes últimos dias, com a avassaladora presença das pessoas nas ruas de todo o Brasil, a palavra Reset volta com ainda mais força ao meu pensamento. Rosiska Darcy de Oliveira, no seu belo texto de hoje, nos jornais (" O legado das ruas"), nos lembra que " há muito tempo jovens lotavam as avenidas virtuais por onde passam as redes sociais, protestando contra a humilhação a que estávamos submetidos". Mas permanece a pergunta para a qual dificilmente encontraremos uma resposta simples: quem foi mesmo que apertou este botão de Reset que talvez mude – para melhor- a história deste país?