Tempos atrás, encontrei esta imagem ilustrando uma matéria que tinha como título: “Deus apertou o botão de Reset?” Era a queixa de um perplexo executivo de marketing diante de uma combinação de fatores explosiva para ele: os efeitos da crise no mercado financeiro e a dificuldade de “atingir”, com suas mensagens publicitárias, um publico cada vez mais “entretido com as redes sociais. O "Reset", ali, tinha portanto uma abrangência bem canhestra e se restringia a comentar, principalmente, que tinha dado a louca nos “mercados” o que, todos nós sabemos, nunca teve nada da mão divina.
Recentemente, a palavra Reset retornou muito forte para mim, trazida pela minha filha Renata, como uma “explicação” para as mudanças profundas que temos visto acontecer nos comportamentos das pessoas, como indivíduos, como consumidores, como membros da sociedade. E isto me trouxe também de volta - e complementou - uma outra imagem, que às vezes me vem em mente, meio de brincadeira, meio sério, de que estão todos virando mutantes e que se queremos entender as pessoas, precisamos descobrir o X-Man que se instalou em cada um, antes dele - ou dela - dar um Reset em si próprio.
Tenho inclusive começado a introduzir, nos meus Workshops e palestras sobre o uso do tempo, o conceito do Reset como uma “atitude” indispensável para quem deseja – e necessita- fazer mudanças para melhorar qualidade de vida sem abrir mão da produtividade e realização pessoal – ou vice versa. É uma boa síntese para os conceitos que foram apresentados no meu livro Tempo Orgânico, em que a necessidade de se reinventar era a grande tônica. Por isso mesmo, recentemente, decidi rebatizar os meus Workshops de “Reset – Como reinventar o uso do seu tempo”.
Nestes últimos dias, com a avassaladora presença das pessoas nas ruas de todo o Brasil, a palavra Reset volta com ainda mais força ao meu pensamento. Rosiska Darcy de Oliveira, no seu belo texto de hoje, nos jornais (" O legado das ruas"), nos lembra que " há muito tempo jovens lotavam as avenidas virtuais por onde passam as redes sociais, protestando contra a humilhação a que estávamos submetidos". Mas permanece a pergunta para a qual dificilmente encontraremos uma resposta simples: quem foi mesmo que apertou este botão de Reset que talvez mude – para melhor- a história deste país?
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