terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Surpreenda-se!!! (e faça as melhores escolhas em 2014)


Este ano que acabou? Cheio de surpresas, não é mesmo? Como a maioria dos anos, aliás.

Surpresas públicas, como o que aconteceu em junho, nas ruas; e com o que não aconteceu depois de junho. Surpresas pessoais, como a triste perda de amigos de muitos anos; e como é gostoso fazer novas amizades e descobrir sintonia com pessoas muitos anos mais novas do que a gente.

Surpresas ora com a tecnologia avançando, avassaladora, desafiando nossa capacidade de se surpreender; ora com a beleza de obras de arte “analógicas” ou simples objetos simples, feitos à mão em toda parte. Surpresas com um mundo deteriorando sem que isso nos faça rever a maioria dos nossos hábitos (Ah! Como é difícil mudá-los, meu Deus!!!!)

Surpresas com pessoas que se transformam: ora médicos em monstros, ora demônios em anjos. Surpresas com nosso próprio preconceito: ora descobrindo um argentino (!!!) apaixonante a cada gesto e palavra (tendo a oportunidade de conhecê-lo mais de perto, nem que seja através do vidro do papa-móvel); ora tendo enorme dificuldade de enxergar o “outro”, igual a nós, pelo simples fato de vestir (e amar "irracionalmente") uma camisa de cor diferente.

Surpresas crônicas, com nossas dificuldades de agradecer, de perdoar, de amar incondicionalmente, de confiar.

Mas acima de tudo surpresas cheias de esperança com as nossas crianças, nossos filhos e netos, vendo como eles são capazes de nos renovar e trazer renovação, reinvenção e novos olhares, como que “possuídos” por seus DNAs aperfeiçoados pela evolução deste espécie chamada humana. Com todas as surpresas, boas ou não, é como humanos que escolheremos sermos felizes!! Ou não.

Só posso, então, desejar a você as melhores escolhas para encarar as surpresonas e as surpresinhas que 2014 estará trazendo.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Estamos jogando nosso tempo no lixo?


Domenico de Masi, em seu livro "O futuro do trabalho", comenta que, no final dos anos 90, entrevistou centenas de funcionários de empresas italianas. Apesar dos entrevistados começarem reclamando de cargas de trabalho estressantes e longas horas extras não remuneradas, acabavam reconhecendo, na grande maioria, que de cinco a seis horas bastariam para desempenhar todas as suas tarefas rotineiras. Ou seja, cerca de 1/3 de tempo era "jogado fora".

Segundo De Masi,  este tempo desperdiçado "é puro teatro": fingimento de estar no trabalho trabalhando.

Vejo agora uma pesquisa da empresa Franklin Covey, realizada com mais de 350.000 trabalhadores em todo o mundo, onde se constata que eles gastam apenas 60% do sua atenção e energia no que consideravam coisas importantes e 40% em coisas que julgam irrelevantes e sem importância. 40!! Quase metade de um dia de trabalho.

Apesar de serem pesquisas com abordagens, públicos e metodologias diferentes, é perturbador constatarmos que o desperdício de tempo no trabalho continua do mesmo jeito, uma década e meia depois. Ou talvez esteja ainda pior.

É também paradoxal que toda a tecnologia que tem sido criada exatamente para sermos mais produtivos parece não estar trazendo os benefícios desejados. Pois talvez a própria tecnologia, se por um lado nos torna mais rápidos em um monte de atividades, já traga também consigo muitas oportunidades de distração e perda de foco naquilo que fazemos. 

Por esta razão, é fundamental estarmos permanentemente conscientes do nosso propósito de vida e de nossos objetivos profissionais e pessoais. Só assim, manteremos o bom equilíbrio no uso do tempo, buscando estarmos sempre por inteiro no momento presente.

Fonte da ilustração: http://transmimentos.blogspot.com.br/2010/12/e-quando-chegar-hora.html  


sexta-feira, 1 de novembro de 2013

As cadeiras de balanço do Aeroporto de Charlotte


Cadeira de balanço em aeroporto? Pois é, nunca tinha visto. Ótima ideia!! Dei de cara com elas quando cheguei ao saguão central que une os 5 terminais do aeroporto, na Carolina do Norte, onde fazia um escala na volta ao Brasil. Nesta grande "praça" interna, sob árvores de verdade, ali estavam as cadeiras, branquinhas e acolhedoras.
Em frente a elas, as lojas, bares e restaurantes, com seu mobiliário habitual. Tive que ter um pouco de paciência até que consegui uma vaga para sentar e curtir. Foi uma delícia!!! Passei um par de horas totalmente relaxado, lendo meu livrinho e observando as pessoas. Uma coisa que me chamou a atenção é que raríssimos dos meus "vizinhos" de cadeiras estavam com seus notebooks ou tablets em punho. Parecia, de fato, que havia uma divisão entre as "tribos": a dos estressados, sentados às mesas ou à frente dos balcões dos bares, freneticamente digitando e "navegando" nos seus modernos dispositivos; e nós, ali, no vai e vem dos balanços, mais numa de descansar um pouco e desfrutar aquele momento, alguns dando um telefonema com sorriso nos lábios, outros simplesmente "dorminhocando".


É claro que, nas esperas junto aos portões de embarque, as poltronas eram as tradicionais. Mas, a caminho do meu terminal, ainda encontrei mais alguns exemplares desta inovação que nos demostra que a criatividade não precisa estar ligada a tecnologia.       

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Casa SOU.L Uma casa com alma e muitas coisas mais. Inclusive Tempo.


No coração da charmosa Santa Teresa, no Rio de Janeiro, acaba de ser inaugurada esta Casa que, não por acaso, junta Ser e Alma no mesmo endereço. Junta também conhecimento, valores, alegria, emoção e um propósito muito claro: inspirar pessoas a descobrirem seus talentos e paixões e a elas oferecer ferramentas para que possam fazer o que amam e terem impacto positivo no mundo. 
Os Cursos e palestras cobrem três áreas: Realização Pessoal, Autoconhecimento e Sustentabilidade. Em agosto, a Casa acolhe dois eventos criados dentro dos conceitos de Tempo Orgânico:

RESET - Como reinventar o uso do seu tempo. 

Haverá uma Palestra no dia 7/8 das 19:00 às 21:00 e um Workshop, nos dias 15, 19 e 21/8, das 19:00 às 21:30 
 
A Casa tem ainda o Arte Corpo Sou.l, um espaço de vivências para despertar a criatividade, atividades para o corpo, mente e alma, canto, dança e terapias para você entrar em contato com quem você é e se desenvolver de forma mais leve e saudável. 

Visite o site e explore novas possibilidades para você: http://casasoul.com.br/


sábado, 22 de junho de 2013

QUEM APERTOU O BOTÃO DE RESET?


Tempos atrás, encontrei esta imagem ilustrando uma matéria que tinha como título: “Deus apertou o botão de Reset?” Era a queixa de um perplexo executivo de marketing diante de uma combinação de fatores explosiva para ele: os efeitos da crise no mercado financeiro e a dificuldade de “atingir”, com suas  mensagens publicitárias, um publico cada vez mais “entretido com as redes sociais. O "Reset", ali, tinha portanto uma abrangência bem canhestra e se restringia a comentar, principalmente, que tinha dado a louca nos “mercados” o que, todos nós sabemos, nunca teve nada da mão divina.

Recentemente, a palavra Reset retornou muito forte para mim, trazida pela minha filha Renata, como uma “explicação” para as mudanças profundas que temos visto acontecer nos comportamentos das pessoas, como indivíduos, como consumidores, como membros da sociedade. E isto me trouxe também de volta - e complementou - uma outra imagem, que às vezes me vem em mente, meio de brincadeira, meio sério, de que estão todos virando mutantes e que se queremos entender as pessoas, precisamos descobrir o X-Man que se instalou em cada um, antes dele - ou dela - dar um Reset em si próprio.

Tenho inclusive começado a introduzir, nos meus Workshops e palestras sobre o uso do tempo, o conceito do Reset como uma “atitude” indispensável para quem deseja – e necessita- fazer mudanças para melhorar qualidade de vida sem abrir mão da produtividade e realização pessoal – ou vice versa. É uma boa síntese para os conceitos que foram apresentados no meu livro Tempo Orgânico,  em que a necessidade de se reinventar era a grande tônica.  Por isso mesmo, recentemente, decidi rebatizar os meus Workshops de “Reset – Como reinventar o uso do seu tempo”.

Nestes últimos dias, com a avassaladora presença das pessoas nas ruas de todo o Brasil, a palavra Reset volta com ainda mais força ao meu pensamento. Rosiska Darcy de Oliveira, no seu belo texto de hoje, nos jornais (" O legado das ruas"), nos lembra que " há muito tempo jovens lotavam as avenidas virtuais por onde passam as redes sociais, protestando contra a humilhação a que estávamos submetidos". Mas permanece a pergunta para a qual dificilmente encontraremos uma resposta simples: quem foi mesmo que apertou este botão de Reset que talvez mude – para melhor- a história deste país?


domingo, 26 de maio de 2013

ESQUEÇA COMPLETAMENTE O QUE VOCÊ TEM QUE FAZER


Muito de nós temos caido numa armadilha que é "mortal" para o bom uso do tempo: certa pretensão de que podemos lembrar de "tudo" o que se tem para fazer. No mínimo, nós tentamos esta "missão impossível". Ou seja, mantemos consciência daquilo que faz parte das nossas listas de pendências. É uma espécie de jogo mental que insistimos em repetir.

A origem deste hábito é fácil de explicar. Fomos bem-sucedidos neste jogo, em uma certa época da nossa vida. Mas as coisas mudaram. O ritmo atual do trabalho e da vida particular e o volume de atividades e variáveis com as quais lidamos aumentaram, tanto que hoje é impraticável estar por dentro dessas "mil" coisas.

A preocupação constante com o que precisa ser feito, lembrar-se de "tudo", simplesmente nos sobrecarrega e nos estressa. Não conseguimos nos desligar nunca e temos cada vez mais dificuldades de nos concentrarmos no que estamos fazendo agora, sempre ligados neste processo de antecipação dos próximos "passos".

Uma ótima dica para melhor produtividade é portanto esquecermos todas as coisas que temos para fazer. Sim, esquecer. E manter o foco e a energia no que estamos realizando neste momento (nem que seja relaxarmos para deixar uma nova e criativa idéia fluir).

É claro que esta "coragem de esquecer" pressupõe um bom sistema de registro das informações, uma memória auxiliar para nos lembrar dessa infinidade de detalhes quando, e só quando, for preciso. Registramos o que tem que ser feito mais tarde e tiramos este dado da nossa "frente".

A tecnologia está aí para nos ajudar nisso. Vale para os softwares disponíveis nos nossos computadores (desktops ou notebooks) e vale, especialmente, para os aplicativos de smartphones, hoje cada vez mais comuns.

Para quem tem iPhone, por exemplo, veja nosso post: http://tempoorganico.blogspot.com.br/2013/04/apps-de-gerenciamento-de-tempo-iphone.html

Para quem está no mundo Android, veja muitas alternativas no link:
http://tempoorganico.blogspot.com.br/2013/04/apps-de-gerenciamento-de-tempo-iphone.html




sábado, 18 de maio de 2013

OS SURFISTAS SEGUNDO HARVARD


Uma das primeiras postagens deste blog aqui, ainda na fase "experimental", chamava-se "Os surfistas carecas". Nela, falava dos surfistas que hoje são também profissionais e executivos e que, mesmo sem tanto cabelo (ou com estes "prateando") continuam a praticar o esporte com o mesmo espírito de sempre: respeitam e cuidam do mar e das praias, sabendo que neles está a fonte do seu prazer e da sua diversão; sabem lidar com os ritmos da natureza - as ondas e as marés - e delas tomar partido para seu "desempenho; e reconhecem a importância de uma pausa para recarregar as "baterias" de vez em quando.

Ontem, li, no blog da Harvard Business Review, um interessante artigo de Peter Bregman, intitulado "O Inesperado Antídoto para a Procrastinação" (The Unexpected Antidote to Procrastination). No texto, o autor nos revela diversos insights que lhe ocorreram vendo surfistas pegando onda numa praia na Califórnia. O ponto de partida foi a constatação de que praticamente TODAS as manobras desses esportistas, acabam com eles...caindo no mar. Seja um exímio e experiente praticante, seja apenas um iniciante; seja um 360o, um Aerial ou um Tubo perfeitos, seja uma desatrada queda, não importa.

- "Em todos os casos, o surfista acaba dentro dágua. A única diferença é isto ser ou não uma surpresa para ele (ou ela)" comenta Bregman, convidando a todos nós a nos comportarmos com o mesmo espírito, assumindo riscos sem receios de falhar. Como no surf, "cair" faz parte da vida e que importa é aprendermos com esse mergulho e partirmos para a próxima onda com mais vontade e determinação.

Bregman convida então a leitor a parar com esta tão comum tendência que temos à procrastinação, muitas vezes apenas com o receio das consequências:

- "Aquela conversa difícil com seu chefe (ou colega, ou parceiro, ou esposa/marido) que você tem evitado faz tempo? Tenha hoje"!

- "Aquela proposta (ou artigo, ou email) que você tem deixado de lado? Comece agora"?

- "Aquele novo negócio (ou novo produto, ou novo investimento, ou nova estratégia) que você vem analizando e analizando e analizando sem parar? Dê partida nele".

E quando você "cair" (sofrer com as dificuldades e barreiras) - porque isto é inerente a assumir riscos - suba de novo na prancha e reme de volta para as ondas. É o que qualquer surfista- careca ou não - faz com toda a naturalidade e confiança.


Veja o artigo em:

http://blogs.hbr.org/bregman/2013/05/the-unexpected-antidote-to-pro.html

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Apps de Gerenciamento de Tempo (iPhone)

Abaixo, um apanhado de aplicativos populares para iPhone, destinados a ajudar na gestão do seu tempo. 

Toodledo (US $ 1,99) é um gerenciador de tarefas e lista de afazeres bem fácil de usar. 
Read it later Free - é como um DVR para a leitura do artigo. Quando você não tem tempo para ler um artigo, adicione à lista de leitura do programa e você pode acessá-lo offline em um momento posterior.
MindNode ajuda a criar mapas mentais de seus pensamentos. Crie, organize e edite suas ideias e, em seguida, exporte-os como documentos, imagens PNG, ou rescunhos de texto. Excelente para o planejamento do projeto ou brainstormings.
Easy Task Manager (grátis) - Este aplicativo de produtividade destina-se a facilitar o controle do que há pra ser feito. Écompatível e permite sincronização com múltiplos computadores.
Things ($ 1.99) usa uma abordagem de caixa de entrada de e-mail para a obtenção de sua lista de afazeres. Se você pode se acostumar a verificar a caixa de entrada do programa do mesmo jeito que seu e-mail, sua produtividade vai aumentar.
SugarSync (livre) faz juz ao nome. É um aplicativo doce que lhe permite sincronizar os dados entre todos os seus computadores, iPhone e iPad. Compartilhe arquivos através de e-mail e faça back ups de fotos automaticamente, tudo com um único aplicativo.
Erangler Checklist (US $ 0,99)- qualquer que seja a frequencia das suas listas de atividades (diária, mensal ou anual), Wrangler atende. O programa também cria templates de checklists usadao com freqüência (viagem, compras, etc).
Awesome Note (+ ToDo) ($ 3,99) combina anotações com gerenciamento de tarefas e sincroniza com o Evernote e Google Docs.
OmniFocus ($ 19,99) é um aplicativo robusto de gerenciamento de tempo, capaz de sincronização sem fio com vários dispositivos. Ele controla as tarefas por projeto, data, pessoa ou lugar, e inclui funções integradas de GPS, mapeando onde as ações precisam ocorrer.

Leia maishttp://blog.intuit.com/trends/top-10-time-management-ipad-and-iphone-apps/ ixzz2PEdtKke3

Fonte da ilustração: www.morningstarcomm.com   

quarta-feira, 20 de março de 2013

As oportunidades de tempo dos novos empreendedores


Está semana está sendo realizado, no Rio de Janeiro, o Congresso Global de Empreendedorismo, promovido pela Endeavor, organização que apoia empreendedores “de alto impacto”, mundo afora. Os números do evento impressionam. Mais de 1200 participantes, de 140 países estão presentes, atendendo a uma agenda diversificada e com lideranças expressivas contanto suas histórias e compartilhando sua experiências .

E muita gente de fora se mostra curiosa por entender o bom momento do empreendedorismo no Brasil, mesmo com as conhecidas barreiras burocráticas e fiscais que tem que enfrentar. Na verdade, o crescimento do setor tem sido fruto de um trabalho que integra a sociedade civil, os governos e a própria iniciativa privada. E têm tido bonitos "cases" para apresentar.

Dois depoimentos que me chamaram a atenção, ontem. Um de Octavio de Barros, Economista-Chefe do Bradesco, ao comentar as oportunidades que estão sendo geradas para novos empreendededores pela conjuntura atual. Segundo ele, com os salários em alta (e sem possibilidade de repassa-los) e com sérios gargalos na infraestrutura, a indústria é o setor da economia que tem tido sua competitividade mais afetada. Aí, a grande busca é por produtividade (fazer mais por unidade de tempo), para enfrentar produtos de outros países (aqui e lá). É claro que há a componente “tecnologia” a ser considerada – e muito. Mas Olavo destaca as oportunidades também nos processos que precisam ser continuamente revistos e numa nova perspectiva de se usar o tempo de indivíduos e de grupos, para que sejam obtidos os ganhos de eficácia de se tanto precisamos.

Os novos empreendedores tendem a ser mais rápidos nas suas decisões e por isso mesmo costumam também mais velozmente se ajustarem às mudanças dos ambientes onde atuam. Faz parte do seu DNA. Quem sabe têm algo a ensinar às grandes corporações industriais?

Outro depoimento interessante foi de Fabio Barbosa, CEO da Editora Abril. Sua lição aos jovens empreendedores foi sobre valores. De que não adianta a pressa de se se queimar etapas, se as decisões não estão fundamentadas em crenças pessoais coerentes e sólidas. Não adianta fazer coisas “discutíveis” sob o ponto de vista ético simplesmente “porque os outros fazem”. Lembrou ele , com propriedade, que cada decisão, tomada hoje, por um novo empreendedor, será julgada no futuro, certamente com o maior rigor que o futuro, desde agora, começa a nos sinalizar. É preciso, além de fazer mais por unidade de tempo, fazer melhor, por unidade de tempo.

Enfim, duas perspectivas de temporalidade que se complementam. Para os leitores deste blog, são visões que o conceito de Tempo Orgânico integra e valoriza. Certamente por isso eu tenha saído do evento, no início da noite, com uma gostosa sensação de leveza.

Clique aqui para mais detalhes sobre o Congresso

sexta-feira, 15 de março de 2013

PAPA E SUSTENTABILIDADE


Uma das primeiras notícias surpreendentes sobre o novo Papa é a simplicidade do seu estilo de vida: local da moradia, o hábito de cozinhar no dia-a-dia, uso do transporte público em Buenos Aires (foto abaixo).

Os primeiros movimentos, já como Sumo Pontífice, confirmam este espírito simples e seu jeito espontâneo. A foto acima mostra que gosta mesmo de um ônibus e de se aproximar dos outros, sem "frescura". Mostra também sinais interessantes, como abrir mão de supérfluos, como jóias e adereços de metais valiosos (seu cruxifixo é de ferro) e uma maneira direta e simpática de lidar com os outros. Suas primeiras falas confirmam uma maneira de pensar que aparenta ser "fora da caixa", improvisando e usando linguagem descomplicada, o que pode ser um bom prenúncio da inovação tão aguardada e necessária na Igreja Católica.

Olhando os dados biográficos (comportamentais) do Cardeal Jorge Mario Bergoglio e observando os primeiros movimentos do Papa Francisco, algo me deixa otimista: seu exemplo e influência para uma vida mais sustentável.  Aguardemos. 

sexta-feira, 8 de março de 2013

Tempo e transformação em São Luiz do Maranhão




Estive em São Luiz para dar uma palestra sobre o tema "Como administrar seu tempo num mundo em transformação". Foi dirigida aos servidores públicos do Estado. O lado "em transformação" acabou assumindo um peso relevante, na preparação do conteúdo, ao constatarmos o significativo processo de modernização que está sendo empreendido na gestão do Estado.

Foi interessante fazerrnos a "ponte" entre estas mudanças nas organizações públicas e outros dois contextos: o dos permanentes avanços tecnológicos presentes nas ferramentas de comunicação e acesso à informação; e a necessidade de mudanças na relação dos indivíduos com o uso do seu tempo, na busca por maior produtividade, realização e qualidade de vida.


Uma das conclusões mais importantes do evento foi a resposta da platéia à provocação que fiz sobre qual seria o principal concorrente deles, já que não se tratava de empresa privada atuando em mercado competitivo. O TEMPO!!!! 

Como assim, você pode estar se perguntando? O tempo de resposta às demandas dos cidadãos que em geral estão se sentindo cada vez mais sem tempo e mais estressados (portanto mais sensíveis a quaisquer demoras); e as referências de tempo alcançadas por outras organizações públicas, nos seus processos de prestação de serviços, que servem de exemplo e incentivo.

Confesso que me senti muito animado e esperançoso em vivenciar e ouvir tudo isto. Valeu a viagem!!!

quarta-feira, 6 de março de 2013

TEM TEMPO SOBRANDO NAS AVENTURAS DE PI


É curioso. Uma das produções mais premiadas este ano por seus efeitos visuais - inclusive o Oscar- não tem o ritmo frenético dos filmes de ação ou ficção, que costumam usar e abusar desses recursos.

O tempo custa a passar para o jovem Pi, o personagem central da trama. Náufrago, perdido no Oceano Pacífico na companhia de seus medos e de um tigre, Pi tem que fazer um esforço às vezes sobre-humano para fazer o tempo passar.  É uma luta contra a monotonia, só quebrada pelos embates no interior do bote, nos inevitáveis enfrentamentos com o Richard Parker, o felino de nome tão desconcertante. Aí, o "bicho pega" (literalmente) e as cenas são de fato de arrepiar.

Mas, na maior parte da história, PI tem que usar toda sua criatividade, inteligencia, resistência física, psicológica, espiritual e sobretudo sua capacidade de aprender. Tudo para manter seu cérebro ativo e focado na sobrevivência, não se rendendo aos seus temores, nem ao lento passar das horas, minutos e segundos.

Para quem vive estressado, acelerado e reclamando que não tem tempo para nada, não deixa de ser uma lição importante estas percepções contrastantes. E não é preciso virar náufrago para sentir na pele esta outra perspectiva do tempo. Quem já teve que ficar internado num hospital - ou acompanhou de perto uma pessoa que passou por isso - sabe do que estou falando: o tempo custa muito a passar, mostrado que, de fato, este ritmo frenético hoje dominante na sociedade é algo muito relativo. Ou seja, isto tem jeito.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

É Carnaval: o túnel do tempo!!!

O Carnaval é uma espécie de túnel do tempo. Ele possibilita que "representantes" de épocas completamente distintas se encontrem, se reúnam, dancem, cantem e bebam juntos e até se amem. A maioria vem do passado, como gregos, fadas, piratas, princesas, gladiadores, ciganas, vampiros, egípcios, anjos, índios ou presidiários. Um ou outro chega mais de mais perto, dos anos 60 ou 70, hippies retrôs, Marilyns, Rauls (ou Elvis). Alguns vêm do futuro, super-heróis ou personagens de filmes.

Na maioria dos casos, nem sempre fica claro de onde o ou a “viajante” está chegando, com poucos elementos que o identifiquem. Um par de chifrinhos, ou uma coroa na cabeça, por exemplo, não deixam claro de que época vem o candidato ou candidata a diabrices ou reinações. Um chapéu de malandro ou uma tuta de bailarina traz o mesmo problema.

E os profissionais? Bombeiros, policiais, médicos e enfermeiras, devidamente estilizados, não costuma ser reveladores de que tempo chegaram. Os animais, muito menos: gatinhas, borboletas, joaninhas, ursos, cães e tantos outros bichos raramente declaram de que ano escaparam.

Muitos estão e ficam mesmo no presente, cronistas do que anda se passando pela cidade, pelo país, pelo mundo afora.

O bom no Carnaval, este carnaval de rua que não para de crescer, é que, em geral, não há pressa, independente das origens de quem entra nesta "máquina do tempo". Vai todo mundo seguindo (ou parando), mais ou menos no mesmo ritmo, tentando sincronizar gestos e passos. A pressa às vezes costuma chegar quando de trata de sincronizar outras coisas, como beijos, abraços e assim por diante. Aí tudo se acelera, movida pela adrenalina dos combustíveis, quando estes se acumulam, muitas vezes acima do que seria razoável.

Mas é Carnaval. Este túnel do tempo em que nem sempre as coisas se explicam e quase nunca se precisa justificar. Coisa boa!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

QUEIXAS (Ricardo Mendes)



“Vida é aquilo que acontece a você enquanto está ocupado fazendo outros planos” (John Lennon)

Reflito por instantes antes de fazer a pergunta em voz alta. “O que é preciso para que uma ação tenha início?” Se recorresse à Física Mecânica, diria que a ação se inicia quando a força da inércia cede à força do movimento. Fico pensando em minha própria resposta. Como seria o mundo se a força da inércia vencesse o cabo de guerra com a força do movimento?

Não preciso ir muito mais longe, já é possível concluir: a vida é o próprio movimento. E como todo movimento, acontece numa direção e num sentido. No caso da vida não é diferente. Ela se move para frente. E nós, para onde nos movemos? Lembro da história do índio que depois de sua primeira viagem de trem permaneceu sentado nos trilhos por mais algum tempo esperando a sua alma chegar. Porque será que o índio simplesmente não seguiu os demais passageiros? Que necessidade tinha ele de unir o corpo e a alma antes de ir adiante?

Este texto também se move para frente, embora vez por outra eu passe os olhos em seu início para me assegurar que não perdi o rumo. Da mesma maneira, antes de tomarmos decisões importantes em nossas vidas, olhamos para o percurso que fizemos, para o que nos ajudou, para o que deu certo, para o que nos surpreendeu, antes de definir o caminho. Mas este olhar panorâmico para trás não tem por objetivo reformular nada. Trata-se, antes de tudo, de rememorar.

Quando estou aqui, agora, do jeito que sou, não tenho outra possibilidade, a não ser, ser quem sou. Neste momento não posso ser outro ou de outro modo. Neste exato momento, sou absolutamente o resultado de tudo aquilo que veio antes, do jeito que foi. Se permanecer em movimento, no futuro serei outro. Isso é o que sei, nada mais. Mas se não estou satisfeito com quem sou hoje, significa que não estou de acordo com o que veio antes. Neste caso, olho para trás com um olhar crítico e reparador. E quanto mais intenso é o olhar crítico e reparador, mais os meus olhos se fixam no que passou e se ausentam do presente. Acontece que quando me distancio do presente, o verdadeiro lugar da ação, me eximo também de influir no futuro, ou seja, em última análise, o resultado do olhar inconformado para o passado é a sua própria perpetuação.

Em nossas vidas, damos o nome de queixas a este tipo de olhar. As queixas, subtraem a nossa presença e retardam a ação. Evitam que tomemos responsabilidade sobre os nossos atos e, sobretudo, sobre as conseqüências deles. Se me recuso a agir, poupo-me das conseqüências das minhas ações, estou sempre em busca de um responsável que me ajude a permanecer na inércia. O culpado é o maior aliado de quem não deseja agir e arriscar-se.

O olhar crítico carece de humildade e distanciamento. Somos, neste planeta, bilhões de críticos em potencial, todos com o mesmo direito de perceber o mundo a partir da sua própria ótica, não há como existir um mundo unânime que satisfaça a todos. A diversidade é, mais uma vez, a constatação da infinita criatividade da Grande Alma. A humildade, neste aspecto, é reconhecer a grandeza daquilo que nos enreda e continuar caminhando. É abdicar da lógica a partir do próprio umbigo e confiar que há de existir uma outra muito mais complexa. É entregar-se à vida como ela lhe é entregue a cada manhã.

Quando abrimos mãos das queixas podemos seguir a vida em tempo real, por inteiro e, de fato, não temos nada a perder. Concordemos ou não, a verdade é que ela seguirá seu fluxo irresistível. Estejamos nela ou não.

Quando escolhemos nos queixar do passado, os pais tornam-se os grandes responsáveis por todas as falhas. Eles são a matriz, a fonte, a única possibilidade de encarnação de algo tão impalpável quanto o passado. Melhor, eles reagem aos nossos pleitos, importam-se, interagem, diferentemente do passado que apenas nos observa impávido. A verdade é que, graças à idéia de que os pais são imperfeitos, ganhamos tempo antes de saber se queremos de fato nos arriscar a viver e assumir responsabilidades. Enquanto isso, escondemo-nos sob a sombra de sua grandeza.

Este texto foi publicado originalmente no blog IRALEM (http://www.iralem.com)

O autor, Ricardo Mendes é economista e pós-graduado em Marketing pela PUC RJ, tendo atuado por muitos anos como consultor e dirigente de sua empresa de comunicação. 
É um experiente Arteterapeuta e Constelador Familiar. É também ator (CAL), escritor e fotógrafo e autor dos livros "Tatuagem" (1987), "Santiago de Compostela, os 8 Portais do Caminho"(2002) e "Andando em Círculos, as Pedras Milenares e o Caminho da Tríplice Espiral"(2004).

sábado, 5 de janeiro de 2013

Curso Online traz nova abordagem para Administração do Tempo

Depois da publicação do livro Tempo Orgânico, nosso maior propósito no tema era criar um curso acessível, que pudesse ser disponibilizado de forma abrangente em todo o Brasil. Através do amigo João Henrique Areias - ele próprio em fase de produção de um ótimo curso online de Marketing Esportivo - fui apresentado à equipe do PreparaOnline, uma dinâmica e bem estruturada organização especializada em Ensino à Distância.

Foi uma experiência muito enriquecedora. No primeiro momento, o desafio era fazer uma fusão dos conteúdos de meus dois livros sobre Administração do Tempo, de modo a atualizar e balancear aspectos conceituais e práticos sobre o assunto. O segundo passo foi o planejamento e estruturação dos Módulos e Video-Aulas que compõem o programa, já contando com o apoio pedagógico da PreparaOnline, que também atuou na formatação dos slides e na criação de toda a parte visual dos materiais.  Depois, a divertida etapa de gravação das aulas em vídeo, ambientadas num belo cenário   tematizado.  
O Curso
Visa oferecer uma resposta a todos aqueles que lamentam a falta de tempo em suas vidas, seja pelo excesso de atividades, seja pela eventual falta de métodos eficazes para lidar com elas. A agenda combina conhecimento e práticas, para que o tempo possa ser usado de maneira mais equilibrada e mais produtiva, dentro de uma abordagem mais orgânica, menos mecanicista.

A filosofia central do curso é a construção de relações mais integradoras da pessoa consigo mesmo, com os outros e com a natureza. É composto por Vídeo-Aulas com exposições e relatos sobre o assunto, testes e exercícios, oportunidade para reflexão sobre os temas propostos e muitas dicas e sugestões para melhorias.

Entre outros materiais disponibilizados pelo programa, os alunos receberão cópia digital do livro "Tempo Orgânico" e Apostila com os conteúdos mais relevantes do livro "Uma Questão de Tempo".

Clique aqui para informações e inscrição.