quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

A infinita beleza do Rio visto do alto






Estas linda imagens do Cristo Redentor “flutuando” sobre as nuvens foram capturada em 30/11/211 pelo fotógrafo amador Marcos Estrella, Supervisor de Operações de uma estação transmissora de TV no alto do Sumaré.



Mandei as fotos para meu amigo Carlos Machado, médico cardiologista e artista plástico hiper-realista, que mora em Austin-Texas. Ele retornou com estes dois relatos maravilhosos. Com a palavra, Carlos:

"Me arrepiei, Álvaro! Lembrei de coisas que já vi no Parque Nacional da Floresta da Tijuca, lindas como essa!

Primeira: Numa noite fria e estrelada de junho, olhando do Pico do Papagaio para a direção da baixada de Jacarepaguá completamente coberta por nuvens, ouvíamos (eu e dois amigos) os estampidos de fogos de artifícios. Pouco abaixo de nós, bem próximo à rocha do pico, vimos algo como uma imensa medusa fluorescente emergindo das nuvens, circundada de lampejos multicoloridos num efeito digno de “um” Jornada nas Estrelas! A medusa gigante, com seu bojo enorme, era um imenso balão, e os lampejos coloridos que se espalhavam por dentro das nuvens como raios globulares e fogos-de-Satelmo, eram, obviamente, os fogos-de-artifício soltados por ele! Perigosamente lindo!

Segunda: Num início de uma tarde maravilhosa, eu e um amigo chegamos ao topo da Pedra da Gávea, enquanto uma tempestade se organizava em volta daquele pico. Com medo de terem de pernoitar na Pedra, os excursionistas que estavam lá, desceram correndo. Como escalamos para passarmos a noite na caverna da “orelha”, eu e meu amigo Ronan pudemos presenciar uma impressionante tempestade de verão que ocorreu no fim daquela tarde. Passados a chuvarada, os raios, e as nuvens que cobriram o pico, e com o cheiro delicioso da mata molhada, voltamos para o topo da pedra para apreciarmos a vista. A lua cheia nascia, e ao longe, em alto mar, as nuvens formavam uma muralha laranja incandescente, que lembrava as formações rochosas de Sedona. O sol se pondo, coloriu intensamente as nuvens acima de nós, que restaram da tempestade, como se fosse a aurora boreal nos trópicos. E para fechar com chave de ouro aquela noite, um transatlântico (Queen Elizabeth?) partia da Baía de Guanabara com o(s) convés(es), mastros e escotilhas todos iluminados. A gigantesca gambiarra flutuante levou quase toda a noite para, pouco antes do amanhecer, fundir-se com o arco do horizonte, assistida pela enorme lua!

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