quarta-feira, 27 de julho de 2011

A sustentável leveza da arte de Domingos Tórtora



















Domingos Tórtora é mineiro, trabalha em Minas, mas sua obra é universal. Não apenas pela sua linguagem como designer e artista plástico mas, principalmente, por se inserir num perfeito ciclo de desenvolvimento sustentável. A matéria prima de seu trabalho é apenas uma: cartolina de embalagens usadas, ou seja, material para reciclagem. Com isso, ajuda a manter as árvores como devem estar: de pé
Em um processo certificado, o papelão a ser reciclado é dividido em pequenos pedaços e se transforma em uma polpa que serve como matéria prima básica para a fabricação de móveis, objetos e peças escultóricas. As peças são moldadas à mão, secadas ao sol e recebem uma acabamento bastante refinado. Neste processo belo e trabalhoso, que respeita o "timing" e os ritmos da natureza, o papelão que se originou da madeira, essencialmente, é trazido de volta a um ciclo completo, e assume uma qualidade de madeira, como novo.

CLIQUE AQUI para conferir este "milagre" de transformação e as belíssimas obras de design que dele resultam.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Tempo e Poesia - Vinicius de Moraes

Poética (Vinicius de Moraes)

De manhã escureço
De dia tardo

De tarde anoiteço

De noite ardo.


A oeste a morte

Contra quem vivo

Do sul cativo

O este é meu norte.


Outros que contem

Passo por passo:

Eu morro ontem


Nasço amanhã

Ando onde há espaço:

– Meu tempo é quando

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Isto ou aquilo? Chave para o tempo e a sustentabilidade.

"Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
E vivo escolhendo o dia inteiro!

Não sei se brinco, não sei se estudo,
Se saio correndo ou fico tranquilo.

Mas não consegui entender ainda
Qual é melhor: se isto ou aquilo."


Estes versos de Cecília Meireles – escritos para crianças de qualquer idade - traduzem muito bem a nossa perplexidade, que se repete a cada instante, ao termos de fazer escolhas diante das mínimas coisas. Escolhas que vão traçando o nosso caminho e os nossos destinos, passo a passo. As escolhas entre “isto” ou “aquilo” determinam também como o nosso tempo será usado. A decisão será sempre de cada um de nós.

Mas há outras questões. Tudo o que fazemos - tudo - gera algum tipo de impacto. Impacto sobre nós mesmos, na maioria das vezes. Mas também sobre as outras pessoas ou sobre o ambiente em que vivemos. Quando vemos o balanço preocupante, muito preocupante do que está ocorrendo no planeta e na sociedade, nem sempre lembramos de que este resultado tem muito a ver com as escolhas que temos feito – e continuamos fazendo.

Sobre as escolhas passadas, só podemos lamentar. Sobre as escolhas de agora – e as do futuro – que continuarão a ser necessárias para responder à incansável indagação do “Isto ou Aquilo?”, o cenário é completamente diferente. Nós tempos, sim, como antecipar a natureza e a intensidade dos impactos que iremos causar com as pequenas - e grandes – decisões, sobre nosso tempo, sobre os outros e sobre o Planeta. Optar por “Isto” ou por “aquilo” pode então ficar mais simples, mais prazeroso e mais proveitoso para todos nós.

sábado, 16 de julho de 2011

Filho ajuda ou atrapalha na administração do tempo?


Uma leitora amiga do blog fez, esta semana, o seguinte comentário:

"Sempre reclamamos da falta de tempo... mas quando temos filhos descobrimos que o que tínhamos antes era tempo livre mal administrado".

Ela levanta uma questão de fato muito interessante. Ninguém tem dúvida das radicais mudanças que ocorrem com a chegada de um filho, especialmente o primeiro. As prioridades convergem para o recém chegado(a) e o tempo da família passa a ser regulado por isso, durante um bom período.

Mas qual é o aprendizado que fica, sob a perspectiva da gestão do tempo, a partir daí?

É admirável a capacidade das mães – e, agora, crescentemente dos pais – de lidar com as novas variáveis que surgem com a ampliação da família, sem deixar o trabalho (e/ou outras atividades) de lado, principalmente nos primeiros anos. Seu esforço não é pequeno, por exemplo, ao telefone (e aos celulares), nas mínimas brechas de outras atividades, “tele-pilotando” babás, creches ou avós, dando orientação, pacificando crises e curtindo as boas notícias ao longo do dia.

Será que isso é apenas uma maneira resignada de aceitar que não tem mesmo tempo para muita coisa “sua” além dos filhos e do trabalho? (afinal, os anjinhos valem a pena, mesmo).
Ou será que, como sugere a leitora, a chegada dos filhos nos obriga – e nos ensina - a administrar o nosso tempo com muito mais sabedoria e técnica?

Este é o tema de “Tempo Orgânico Pesquisa” desta semana, publicada no canto superior direito deste blog.

Participe!!!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Tem um minuto aí?


Esta é uma pergunta perigosíssima. Se você der mole, este minutinho pode sair caro: 15 minutos, 30 minutos, às vezes até mais tempo. Você corre o risco de ter que usar a ampulheta no lugar do relógio.

Não é o caso aqui!!! Estou pedindo um "minutinho" do seu tempo para dar uma olhada nesta mensagem de boas vindas. São exatos 65 segundos, em que aproveito para dar uma breve explicação sobre o blog.

Uma dica: se a pergunta “Tem um minuto” chega junto com um invasor da sua sala ou espaço de trabalho, fique de pé para avaliar do que se trata. É a posição ideal para dizer “Não” ou para resistir e negociar com o “invasor”, se de fato o assunto lhe interessa, mas não puder ser tratado naquele momento.


terça-feira, 5 de julho de 2011

PowerPoint causaria prejuízo anual de 350 bilhões de euros



Quem afirma isso é o pessoal do partido político suíço Anti PowerPoint Party (APT). Estariam computados na estimativa os salários, em todo o mundo, dos funcionários que preparam ou são "obrigados" a assistir a apresentações improdutivas feitas com PPT ou assemelhados em todo o mundo. Uma tremenda perda de tempo!
Não sei se o número está certo ou não. Mas que o problema existe, não tenho dúvida. Isso sem falar dos PPTs "filosóficos" que assolam as caixas de entrada de todos nós, com temas que se repetem sem parar.
O que o APP propõe é maior uso da criatividade, maior simplicidade e mais objetividade na maneira de se apresentar assuntos em reuniões. Uma maneira mais orgânica e menos mecânica de se apresentar.

Mais detalhes no jornal "O Globo" de hoje, página 23.