quinta-feira, 27 de novembro de 2014

O QUE VOCÊ TEM A AGRADECER?


Eu costumo encerrar minhas práticas diárias de meditação com uma sequencia de 4 pequenas reflexões, conduzidas pelas expressões: EU AGRADEÇO / EU PERDOO / EU AMO / EU CONFIO.
Portanto, acho muito legal este Dia de Ação de Graças, o Thanksgiving Day, celebrado nos Estados UNidos e no Canadá, de gratidão a Deus, com orações e festas, pelos bons acontecimentos ocorridos durante o ano.
O Facebook divulgou um estudo interessante, feito na sua base de informações, nos primeiros dias desta semana, nos Estados Unidos. Foram coletados para análise, de forma anônima (afirmam eles), os conteúdos das postagens que incluíam as palavras Grateful ou Thankful. Estes dados foram professados por um algoritmo de texto que identificava a que as pessoas se sentem gratas. O resultado, estado por estado, mostra pontos muito curiosos. Na Califórnia e Virgínia aparece o youtube (é isso mesmo, gente?). O pessoal do Oregon gosta de... ioga. Na Lousiana e Hawaii, o grande barato são os arco-iris. No Alaska, o riso das crianças. Beleza! Clique no mapa aí abaixo para fazer suas decobertas.
A matéria complete está em https://www.facebook.com/notes/facebook-data-science/what-are-we-most-thankful-for/10152679841318859

domingo, 6 de julho de 2014

A estranha árvore que salvou minha vida (ou “Os perigos das auto avaliações”)

O dia estava lindo, na ciclovia da Lagoa. Ali perto do Parque dos Patins, vejo o sobe desce dos helicópteros e me lembrei que por pouco não tinha sido piloto dessas incríveis máquinas.

Era ainda o tempo de jovem tenente na Marinha. Leio o aviso de que as inscrições para o curso de piloto de helicóptero estavam abertas e me registrei no mesmo dia. Além da ideia fascinante de voar, ainda havia o bonus de uma formação de quase dois anos ser feita nos Estados Unidos. Imperdível.

Todos sabíamos que era um processo de seleção muito difícil, que tinha três etapas:

- Exames médicos (vista e ouvido, em particular, extremamente rigorosos)
- Exames de coordenação motora, talvez a parte mais difícil e supreendente (nunca tinha passado por nada parecido)
- Teste psicotécnico

Nas duas primeiras etapas, fui maravilhosamente bem. Tinha tido feed backs muito positivos e estava, portanto, já me sentindo um piloto. Fui fazer o psicotécnico apenas para “cumprir” agenda e saí dele com a serenidade dos vitoriosos por antecipação.

Dias depois, sou chamado por um dos psicólogos para me dar a notícia: tinha sido...reprovado. Segundo ele, minha personalidade indicava uma mente muito aberta e dispersiva, incompatível com a função.

- O primeiro pássaro raro e colorido que aparecer vai desviar sua atenção do que está fazendo e o helicóptero cai”, me sintetizou ele.

Muito nervoso, revoltado, quase perdendo o controle, perguntei como ele tinha chegado àquele resultado.

- Vários indicadores mostram isso. Mas o mais evidente talvez seja... a árvore que você desenhou. Veja aqui... E começou a me dar explicações técnicas às quais, confesso, não prestei a menor atenção. Estava ainda sob o “choque” do veredicto. Virei as costas e sai de maneira descortês e deselegante.

Hoje sou profundamente grato àquele psicólogo. Ele salvou minha vida. Por que?

A experiência me mostrou que sou de fato um espírito inquieto, sempre buscando novidades, muitas vezes me interessando pelos pássaros “passantes” e desviando meu foco para eles. Provavelmente, teria caído com alguma aeronave da Marinha.

Esta vivência me ensinou que muitas das nossas “certezas” sobre nós mesmos podem estar completamente equivocadas. Tenhamos cuidado.

Curiosidade: hoje esses testes não são muito utilizados e na web você encontra muitas dicas sobre como faze-los. Por exemplo, neste link aqui: http://pt.slideshare.net/rayssa2/testes-psicotecnicos

Fonte da imagem: http://ritualdoalimento.blogspot.com.br/2013_05_01_archive.html

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Por que você odeia o trabalho?

Uma recente matéria publicada pelo New York Times, com o sugestivo título "Why you hate work" (Porque você odeia o trabalho) traz um cenário inquietante sobre a relação das pesssoas com o trabalho. O artigo usa como referência uma pequisa realizada com mais de 12.000 pessoas em vários paises e que tem no quadro abaixo algumas boas explicações, comparando o que as pessoas têm (coluna da esquerda) ou não têm (coluna da direita) quando estão no trabalho. 



Em um mundo com demandas crescentes e recursos limitados, as pessoas estão trabalhando mais horas, passando o dia inteiro “escravizadas” por dispositivos digitais, e tendo menos tempo para refletir, renovar e priorizar. Como resultado, elas estão se sentindo cada vez mais esgotadas, estressadas e dispersivas. Esta não é uma forma sustentável de trabalho para os indivíduos ou para as organizações.

Muito se fala, hoje, que o tempo virou um luxo. Quando se observa o seu impacto sobre a produtividade - de indivíduos e de organizações-  e sobre a falta de realização pessoal no trabalho, onde as pessoas passam grande parte do seu dia, a suspeita é de que  mais do que luxo, o tempo se tornou, mesmo, uma das questões mais críticas da nossa sociedade.  

terça-feira, 29 de abril de 2014

Segunda chance: sobrevivi a um choque de 6.000 volts


Isso faz tempo. Décadas. Mas era um 29 de abril. Eu ainda era solteiro e morava com meus pais. Acabaramos de nos mudar para um novo apartamento, que tinha uma enorme janela na sala: 12 metros.

Sábado de manhã, chega o cara que vinha instalar os trilhos da cortina: cada seção media seis metros e não passava pela escada. Tinha que ser por fora do prédio e era preciso algúem ajudar. Ofereço-me como voluntário, parecia simples. Ficavamos no segundo andar e bastava puxar o trilho para dentro, quando o carinha me alcançasse ele lá de baixo.

De repente, o inesperado. Ao puxar o trilho, de alumínio, longo e bem mais leve do que eu imaginava, sua extremidade se eleva com rapidez e toca o fio de alta tensão, que ficava mais ou menos na altura da janela, uns cinco metros afastado. Encostado na esquadria de alumínio da janela, meu corpo fechava o circuito como uma "luva".

Ouvi o forte estrondo e senti meu corpo ser ejetado para trás.

A sensação seguinte foi a mesma que muita gente já relatou. À medida em que fui apagando em camera lenta (apesar disso ter levado fração de segundo), imagens da minha vida foram passando, flash back como uma edição de video clipe. Enquanto isso, pensava:

- "Que merda! Morrer aos vinte e três anos por causa de uma babaquice dessas. Que morte mais triste, gente".

Logo em seguida, a consciencia começa a voltar. Aos poucos, me dou conta que meu corpo estava totalmente retorcido: posição fetal, todos os músculos crispados.

- "Graças a Deus!!! Não estou morto. Vou ficar aleijado assim, mas vou conseguir viver, penso com moderado otimismo".

Nisso, ouço os gritos de "mexa-se", "movimente os braços", "abra e feche as mãos", "tente se esticar" e obediente, aos pouco vou percebendo que tudo volta a uma certa normalidade. Depois, fiquei sabendo que era um bendito vizinho do prédio em frente, médico, que assistira a tudo. Uma sorte!!!

Outra sorte: o trilho tocou a fiação vindo de baixo para cima e o circuito se interrompeu, assim que fui atingido. Na rede elétrica, havia uma plaquinha que vi mais tarde: "Cuidado - 6000 volts".

Constato então a enorme queimadura nas mãos e na parte lateral superior da perna (na altura da esquadria onde me apoiara na hora do acidente) e vejo minha mãe também caida no chão, metros adiante. Ela também se encostara na janela e apesar de forma bem mais leve, também fora atingida pela energia.

Bem: a ambulância chegou, eu e Jacy fomos medicados em casa, mesmo, tomei sob protestos uma injeção de calmante. Horas depois, a calma me abandonou. A lembrança daquela sensação de "morrer" (o tal flash back) se instalou, me fazendo chorar. Passei o resto de sábado e todo domingo naquele estado. Na segunda meu pai aplicou uma terapia ocupacional:

- É melhor você mesmo ir tratar dessa história na Light (o transformador do prédio queimara e estavamos sem luz).

Isto aconteceu num dia 29 de abril, que considero portanto um segundo aniversário (sou de 13 de fevereiro).

Hoje, sei que aquele foi mesmo uma espécie de "Reset" na minha vida. Ou um alerta, se preferirem. Me fez refletir sobre as coisas, rever conceitos, fazer balanços. Paradoxalmente, o fato me fortaleceu, apesar de me ter colocado frente a frente com minha fragilidade e minha finitude.

Meses depois, deixo uma promissora carreira na Marinha, após dez anos por lá, surprendendo até a mim mesmo. E parto para novas "aventuras", das quais definitivamente, não me arrependo.



















domingo, 13 de abril de 2014

MOMENTOS GOIABADA CASCÃO


Quando eu era menino, tanti anni fa, tinha uns tios que moravam em Campos.  Quando eles vinham ao Rio, nos traziam um presente sempre muito desejado: uma lata da famosa goiabada cascão produzida lá. Nas ausências mais prolongadas, mandavam a goiabada pelos Correios. Na época, era praticamente impossível achar aquela iguaria no comércio do Rio.

Aí, era sempre uma festa, lá em casa. Quase um ritual, na pequena família, inicialmente eu e meus pais e, mais tarde, tambem meu irmão Ricardo: abrir a lata, cortar pequenos pedaços e nos deliciarmos com aquele sabor, consistência e textura inigualáveis são detalhes que nunca mais esqueci.

Às vezes, cabia-me a "honra" de usar a faca, tentando que todas as fatias fossem rigosamente do mesmo tamanho. Sintia-me importantíssimo com aquele privilégio.

Mais do que degustações, em que eventualmente um queijo Minas ou um Catupiry também marcavam presença, era um momento afetivo muito especial.  É claro que o ritual incluia conversas sobre tia Laurita, irmã de meu pai, seu marido Clementino e os primos Marco e Anita, de Campos, que nos proporcionavam aquele prazer; além de relatos de "causos", quase sempre divertidos, sobre os parentes em geral. 

Era comum servirmos a goiabada tão apreciada a alguma visita de parente ou amigo. Pra mim, foi um um "duro" aprendizado, o de saber compartilhar as boas coisas com os outros. Nas primeiras vezes, confesso que ficava com o olho comprido, tentando calcular se sobraria algum pedaço para outra rodada, no dia seguinte.    

Simples prazeres, hábitos saudáveis de convívio familiar e amizade: boas reminicências. Momentos "Goiabada Cascão" que as nossas vidas agitadas e tecnológicas às vezes tornam difíceis de reproduzir com toda a sua intensidade "analógica", sincrônica e presencial.

 


   

segunda-feira, 7 de abril de 2014

VIVER MAIS SIMPLES - UM ENCONTRO

Eu e Letícia Carneiro da Silva nos conhecemos há um ano, quando ela buscava um especialista em tempo para um projeto. O encontro se transformou em amizade. Desde então, cultivamos o hábito de conversar sobre o bem viver e coisas de real valor para nós.

Letícia é uma usina de ideias. Foi executiva de planejamento estratégico por quinze anos. E hoje, é empreendedora e adepta de um Viver Mais Simples, crença que compartilha duas vezes por semana num blog com o mesmo nome e num livro que já está entrando em produção. Tudo que ela mais deseja é ajudar pessoas e negócios a frutificarem, sendo felizes. Seja no no bem sucedido programa “Odisseia”, por pessoas e negócios mais realizadores ou nas suas atividades como Coach. Na base de tudo, sua família, inserida nesse universo de harmonia: Lucrécio, Léo e Olivia.


Eu, vocês já conhecem. Continuo nutrido pelo espírito curioso de criança buscando aprender e me desenvolver, para somar a tudo que fui reunindo ao longo dos anos. Estive na Marinha, fui pioneiro na área de tecnologia da informação, executivo de marketing no Brasil e na Europa, publicitário premiado, expert em sustentabilidade. Hoje, sou consultor, professor e escritor, compartilhando minhas paixões pelo tempo, sustentabilidade e bom uso dos hábitos. Mas não abro mão do grande barato que é ser avô, cozinhar e trocar ideias...

Letícia e eu somos criadores e planejadores. Por escolha e profissão. Não demorou muito, bateu a vontade de um projeto coletivo. Onde pudéssemos expandir o alcance de nossos sonhos de um mundo mais simples e sustentável. Daí surgiu o Café Viver Mais Simples.

A ideia é promover encontros sobre viver melhor, com mais respiro e sentido, apoiados por ferramentas úteis e de fácil utilização.

Três temas fazem parte do programa:

- Como simplificar sua vida
- Reinvente o uso do seu tempo
- Como despertar sua coragem

Ficou com água na boca?

Inscreva-se aqui: http://even.tc/tempo

domingo, 9 de fevereiro de 2014

TODO DIA ELA (ELE) FAZ SEMPRE SEMPRE IGUAL


Assim Chico Buarque começa seu genial - mas melancólico- “Cotidiano”. Muito provavelmente você não concordaria se alguém descrevesse seu dia a dia, como o da personagem da música, independente de você ser “ela” ou ser “ele”. Ninguém gosta de ser repetitivo, redundante, até meio chato.

O nome deste “fazer sempre igual” é “hábito” e nós somos uma formidável máquina de gerá-los. Uma pesquisa da Duke University descobriu que mais de 40% das ações que as pessoas realizam todos os dias não são decisões de fato, mas sim hábitos. E eles surgem, dizem os cientistas, porque o cérebro está o tempo todo procurando maneiras de poupar esforço. Se deixado por conta própria, o cérebro tentará transformar quase qualquer rotina num hábito, pois os hábitos permitem que nossas mentes desacelerem com mais frequência.

Os hábitos têm um importante papel. Criam estrutura e referências para nossas vidas. Precisamos destas repetições para nos sentirmos mais seguros. Faz parte da chamada zona de conforto, pois cada um deles nos traz alguma recompensa: física, mental ou emocional .

O problema surge quando estes nossos queridos hábitos se avolumam e esta zona de conforto nos imobiliza e começa a atrapalhar as nossas vidas. Aliás, numa civilização que nos convida à mudança diariamente, sem qualquer cerimonia, ficarmos reféns de nossos hábitos pode ter um preço nada agradável.

Quando se fala do tempo, então, este tema se torna muito crítico, já que todos nós estamos sempre frustrados com o tempo que temos, sempre querendo mais algum. Mas nem nos lembramos de hábitos do tipo “empurrar com a barriga até virar uma crise que leva muito mais tempo para ser resolvida”. Ou de deixarmos que as interrupções impeçam que tenhamos blocos de tempo contínuos para a realização de tarefas mais complexas (e que quando retomamos a tarefa sempre temos de dar um “rewind”, perdendo etapas que já tinham sido cumpridas).

No seu ótimo livro “O poder do hábito” Charles Duhigg vai fundo no assunto e nos demonstra que, por se formarem numa área muito específica do cérebro, os hábitos não podem ser simplesmente eliminados. Se desejamos, de fato, uma mudança, precisamos conhecer muito bem o hábito a ser “atacado” e deliberadamente desenvolvermos um outro hábito – que nos traga recompensa equivalente, e que possa se superpor ao anterior.

Dá um trabalhinho mas garanto que ninguém vai cantar essa música do Chico pra você.


domingo, 26 de janeiro de 2014

NOVO WORKSHOP RESET - COMO REINVENTAR O USO DO SEU TEMPO


40% das ações que realizamos todos os dias são apenas hábitos. Saiba como sair desta zona de conforto e tomar as melhores decisões sobre seu tempo.

PRODUTIVIDADE - QUALIDADE DE VIDA- REALIZAÇÃO PESSOAL 

O workshop será vivenciado em dois sábados consecutivos, com encontros de 4 horas cada, num total de 8 horas.

Sua abordagem central é o estabelecimento de uma nova relação com o uso do tempo através da construção de relações mais integradoras da pessoa consigo mesma, com os outros e com a natureza.

É composto por exposições e relatos sobre o assunto, testes e exercícios, oportunidade para reflexão e muitas dicas e sugestões levando em conta quatro pilares:
• as escolhas que fazemos continuamente sobre o nosso tempo;
• a importância de identificar e mudar nossos hábitos indesejáveis;
• a necessidade de foco e atenção nas atividades em que estamos envolvidos a cada momento;
• a gestão da nossa energia, sempre sujeita a interferências, distrações e desgastes.

CONTEÚDO DO PROGRAMA:

1 - TEMPO E O ATUAL CONTEXTO DE VIDA
A saturação do tempo.
A sensação de que “não temos tempo para nada” e o estresse do tempo.
A saturação do planeta – os impactos do nosso estilo de vida.
Os 10 tipos de tempo e uma estratégia de mudança: o Reset.

2 – Reset VOCÊ CONSIGO MESMO
Visão pessoal do futuro: queremos ter mais tempo para fazer exatamente o quê?
“Da Visão para a Ação” – Os quadrantes do tempo e a arte de estabelecer prioridades.
O Banco do Tempo e suas conta-correntes.
Você como o maior sabotador do seu próprio tempo.

3 – Reset VOCÊ e OS OUTROS
A interdependência, os tempos compartilhados e a eficácia do tempo.
A importância da cumplicidade da família e dos círculos pessoais e profissionais mais próximos.
Saber ouvir – gestão de conflitos e diversidade.
Os desperdiçadores de tempo na sua relação com os outros.
Tecnologias – como usá-las a serviço do seu tempo.

4 – Reset VOCÊ E O AMBIENTE QUE O CERCA
Ritmos e ciclos da natureza – como tomar partido desses aliados.
Tempo e consumo – um dilema que precisa ser encarado.
A leveza de ser sustentável – oportunidades para inovação.

5 – Reset AGORA, QUANDO TUDO ACONTECE
As velocidades do Agora e os dois modos de funcionamento do cérebro.
O foco no momento presente: o maior fator de produtividade.
Pausas, Respiração, Meditação.
Criatividade - A construção de uma nova lógica no uso do tempo.

Investimento:
Participação nos dois encontros: R$ 180,00.
(Pagamento no primeiro encontro).
Possibilidade de parcelamento em 2 vezes para mais de 1 participante da mesma família ou grupo de amigos.

Material
Os participantes receberão os exercícios a serem realizados durante o workshop e terão acesso virtual a Apostila reproduzindo esses exercícios, bem como textos complementares.

Datas e horário:
8 e 15 de fevereiro de 2014, sábados, das 14 às 18 horas.

Local:
Crystal Healing
Largo do Machado – Rio de Janeiro

Número de participantes: 20 vagas

Faça sua inscrição pelo e-mail: monteiro.irene@gmail.com

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Atrasados x Apressados: duas faces de uma mesma moeda

O apressado come cru, diz o velho ditado. “Sushi , Sashimi, então?, perguntaria um desses acelerados um pouco mais mais distraídos. “Ou um sanduiche natureba, talvez”?

Suponho que a galera do fast food deve estar o tempo todo buscando alternativas para estas novas demandas por rapidez, tentando driblar as inconvenientes questões levantadas pelo mundo “saudável”.

O fato é que a pressa nunca esteve tão presente, numa “civilização” em que tanta coisa caminha para o tempo real, para o sincronismo absoluto, para o tempo de resposta imediato (já!!) , para a ansiedade em estado bruto. E, aparentemente, este exército de apressados crônicos não está nem aí para se está cru ou não. As principais vítimas costumam, ser elas mesmas, assoladas por fatores de stress insuportáveis.

Então tá. Mas e os atrasados? Seriam todos adeptos do movimento Slow Food? Desconfio que não. Conheço pelo menos dois tipos de atrasados crônicos. Há os portadores da “Síndrome de Noiva em dia de casamento”, ou seja, gostam de se fazer notar, calculando cuidadosamente seus atrasos, para gerar material para suas “storytellings”, que tentam sempre fazer soar como charmosas. E há os que parecem ter alguma disfunção do relógio interno e ainda por cima não levam muito à sério o que nos dizem os onipresentes mostradores digitais ou analógicos. Em ambos os casos, parecem “doenças” incuráveis, com o agravante de afetar outras pessoas (que nos esperam, ou melhor esperam para sincronizar-se conosco em alguma atividade).

É claro que um atraso aqui e acolá é sempre desculpável, ainda mais no meio de tantas variáveis e tantas pressões. Da mesma forma, é perfeitamente possível não se deixar “arrastar” nem contaminar pela ansiedade dos apressados, sempre a nos “cutucar”. Há até momentos em que eles se encontram, como por exemplo, num transito congestionado, a buzinarem insistentemente, uns contra os outros.

Enfim, ambos são faces da mesma moeda que é o desequilíbrio no uso do tempo nesses tempos de saturação e desperdícios.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

“ROUBE AINDA HOJE! AMANHÃ PODE SER ILEGAL"


Millor Fernandes, com seu genial humor, ora corrosivo, ora de fina ironia, traduziu muito bem, neste título acima, o “Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje”, certamente inspirado pela nossa classe política e pelos incontáveis agentes públicos, Brasil afora, capital, Brasília.

Mas sera que o velho ditado ainda vale para todas as situações, neste mundo tão enlouquecido?

Eu diria que há controvérsias. Ou melhor, há circunstâncias em que ele cai como uma luva, quando a oportunidade tem “data de expiração” (como disse o Dalai Lama, sé existem dois dias do ano em que você não pode fazer nada pela sua vida: ontem e amanhã); ou quando vale muito a pena encontrar uma brecha agorinha, para não deixar aquela famosa  lista de pendências crescer indefinidamente, nos “ameaçando” e até nos imobilizando, com seu tamanho, a cada dia.

Mas vejamos o caso de um workaholic – e o mundo está repleto deles e delas - turbinados por tecnologias que nos perseguem sem descanso, no regime de comunicação 24/7. Se essas pessoas não têm bem claros seus objetivos e seu propósito, vão acabar vendo o dia clarear fazendo coisas que poderiam – e deveriam – perfeitamente serem deixadas para amanhã, ou para a semana que vem (ou mesmo não deveriam ser feitas).

E aqui, aproveito o “gancho para lembrar que neste nosso "mundinho" em que tudo é em excesso (informação, opções de compras, networking, um milhão de amigos, etc), a gente não tem mesmo como lidar com tudo que está no nosso radar. Temos que “desapegar”. E ponto.

Em outras palavras, NÃO DEIXE PARA AMANHÃ O QUE VOCÊ PODE DEIXAR PRÁ LÁ!