No ótimo artigo “Executivos no limite, riscos para os negócios”, publicado semana passada no jornal O Globo, o medico Gilberto Ururahy faz nos faz um duro alerta com relação ao stress nas empresas. Correndo atrás de metas organizacionais cada vez mais agressivas e difíceis de serem alcançadas, muitos executivos estão chegando “a um grau de exaustão física e emocional que pode levar à depressão e até o suicídio”, que é diagnosticado como Síndrome de “Burnout” (“queimar por inteiro”).
Segundo estudos da Universidade de Brasília, 70% da população brasileira sofrem de stress crônico e desse total, 30% apresentam Burnout, comenta Ururahy. É muita gente!!!! No ambiente corporativo , o stress é a resposta do indivíduo à pressão permanente das metas, aos riscos das tomadas de decisão, às exigencias de clientes, à disputa com concorrentes e mesmo à insegurança de perder o emprego.
Como não conseguem administrar seu tempo em meio a tantas prioridades que concorrem entre si, sucumbem ao stress. As consequencias para as empresas são claras: improdutividade, afastamentos e custos de doenças, riscos de decisões mal feitas.
E para as pessoas? Este alto nível de stress além de trazer doenças, traz uma estranha sensação de não felicidade.
Como questiono no livro Tempo Orgânico, estamos vivendo mais (expectativa de vida), mas sera que estamos vivendo melhor? Atrás de que estamos correndo com tanta voracidade?
O IBGE nos informa que mais da metade da nossa população sofre de doenças cronicas (cardiovasculares, diabetes, dores nas costas e articulações, cancer, etc. ). A Organização Mundial de Saúde (OMS) nos revela que, até 2030, a depressão sera a doença de maior incidência no mundo. É para isso que estamos (sobre)vivendo?
Minha sugestão é prestarmos MUITA atenção, mas MUITA mesmo, na maneira como estamos usando – e gerindo- nosso tempo. Que objetivos temos de fato, nos nossos diferentes papéis? Que estratégia pensamos usar para chegar neles? Sob a ótica do tempo, quais são as relações que (man)tempos conosco, com as outras pessoas e com o ambiente que nos cerca? Estamos conscientes e de fato plenamente presentes em cada momento da vida?
Enfim, muitas perguntas que sinalizam apenas para uma questão: não dá para seguir adiante à mercê deste stress endêmico de que nos fala Ururahy em seu artigo. Não é justo e, a meu ver, não é necessário deixarmos queimar o que temos de melhor dentro de nós. É hora de uma séria, profunda e criativa reflexão sobre isso.
terça-feira, 23 de outubro de 2012
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
Sumário do Livro Tempo Orgânico
Atendendo a pedidos, publicamos abaixo o conteúdo do livro:
Prefácio – Ricardo Young
Prólogo - Tempo e vida sustentável de mãos dadas
Parte 1 – Reflexões sobre um tempo saturado
Capítulo 1 - A saturação do tempo: não dá pra fazer
tudo que queremos
Em busca do paraíso perdido
Não tenho tempo pra nada
Aceleração: porquinhos, olimpíadas e tempo real
Saturação: mais é melhor
Voracidade: atrás da última novidade
Ansiedades e frustrações
Tudo ao mesmo tempo agora
Quem está doente, afinal
Hora para estar feliz
Capítulo 2 - A saturação do planeta: não dá pra
continuar deste jeito
Onde vai terminar essa paixão por crescimento?
Outra avaliação de desenvolvimento
Algo de estranho no reinado do PIB
O Estado do Mundo é preocupante, sim
Casamento em Schan-Xi
Quantas Havaianas você tem?
Tendência não é destino
A leveza de ser sustentável
Capítulo 3 - Uma pequena viagem no tempo
De nômades a sedentários: no compasso da natureza
O homem se liberta do sol
A ditadura dos relógios
Nem Einstein nem ninguém
Façamos como a ciência: de olho na natureza
Relógios muito particulares
Capítulo 4 - O Tempo Orgânico
O Papalagui não tem tempo
Acordando para o tempo orgânico
As raízes do Tempo Orgânico
A estruturação do Tempo Orgânico
Mudança de hábitos: difícil, mas necessária e possível
Parte 2 – Dando vida ao Tempo Orgânico
Capítulo 5 - Como sistematizar o Tempo Orgânico
A vida sem roteiro?
Simples de entender, mas sempre acaba em pizza
O que todos estão cansados de saber
Pensar no futuro: visão, metas e desejos
Organizar o tempo: prioridades, registros, controles
Lidar com as barreiras e dificuldades
A Mandala do Tempo Orgânico
Capítulo 6 - Você com você mesmo
Água e pensamentos
Um salto quântico para o Tempo Orgânico
Pensar no futuro
O gênio da lâmpada
O futuro é parceiro do presente
Discípulos de Nostradamus?
Noite escura no Tijupá
O Banco do Tempo
Sem prazo fica mais difícil
Estabelecer prioridades: os quatro quadrantes
O ter versus o ser
Medo, prazer e dor: programações do passado
Boas maneiras de se jogar tempo fora
Tecnologia de comunicação: o feitiço contra o feiticeiro?
Outras pequenas dicas sobre desperdícios & etc.
Você o protagonista
Capítulo 7 - Você e os outros
Vamos jogar frescobol?
Interdependência
Pensar no futuro
Sinergia
Organizar o presente
Tempos compartilhados
Você me dá a receita?
O e-mail já era?
Lidar com barreiras
O perigoso território das comunicações
Saber ouvir, saber perguntar: de olho em quem sabe
Lições dos índios: fala um de cada vez
Conflitos
Diversidade e compaixão: ingredientes do tempo orgânico
Você e os outros no contexto das empresas
Duas ótimas metodologias de trabalho em grupo
Conference calls: reuniões em ritmo virtual
Ecologia das horas
Capítulo 8 - Você e o ambiente que o cerca
Aplaudindo o por do sol
Pensar no futuro
Hora de repensar tudo
O relógio do longo agora
Organizar o presente
Se não eu, então quem? Se não agora, então quando?
Mas já não tem gente pensando nessas coisas todas?
Empreendedores sociais: todo mundo pode mudar o mundo
Um enorme exército em potencial
Novas pegadas
Aprendizes de formiguinhas
Lidar com as barreiras
O nó do consumismo (ir)responsável
Outro voluntariado: pela simplicidade
Investimentos com bom retorno
Capítulo 9 - O cultivo do Agora Slow food em New Jersey
Agora: um manifesto
Respiração, a grande coadjuvante
Bonsais, conchas e Aikidô
A velocidade do Agora
Desacelerando até o momento presente
Brincar de Deus
Sabá
Medito, logo existo
Agora é hora da criação
É brincadeira!
Epílogo
Tao da sustentabilidade
Ecosofia: as três ecologias
Reinventar-se é preciso
Os ritmos da vida
Pixels, sustentabilidade e colchas de retalhos
Notas
Bibliografia
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