domingo, 12 de junho de 2011

Namoro devagar

A tradução é péssima, cá entre nós. O substantivo “namoro” junto com o adjetivo “devagar” ficou parecendo algo insosso, chato, sem graça, provavelmente com os dias contados para acabar. A ideia não era essa. Era aproveitar o dia dos namorados para fazer um paralelo com o Movimento Slow (Devagar). Aquele que começou com o “slow food” na Itália e já inspira um monte de outras iniciativas bem interessantes em diversos países: as slow cities (as “cidades do bem viver”), slow health (saúde), slow work (trabalho), slow sex, slow schooling (educação).

Será que faria sentido falarmos de slow dating?

Pergunto isso porque o que ouço falar é que todo mundo anda com muita pressa, últimamente. Não por acaso, “ficar”, aparentemente é um verbo que veio pra ficar. Ficar na vida de quem é “onisciente” (com a ajuda do Google& friends) e onipresente (dentro das redes sociais) e não tem tempo a perder. Tudo bem. Mas, e o namoro? Sim, porque namorar, ao que tudo indica, ainda não caiu em desuso, não, mesmo em meio a este corre-corre que assola nossas vidas. Está aí pelas ruas da cidade, pelos bares e restaurantes, pelos cinemas, nas portas das escolas, nos parques, praças e praias. E o que é melhor. Olhando assim, de uma certa distância, parece que na hora do namoro ninguém está com pressa. Seja hoje, dia dos namorados, seja qualquer outro dia. A conclusão é simples: slow dating é redundância. O namoro... é slow!!

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